Confira o que aconteceu no mercado na última semana (02/09 a 06/09) e quais são as perspectivas futuras
Começando o mês com alta de 1,8%, o mercado deu um passo importante no nosso cenário de compra dado nos 96 mil pontos.
Com a valorização registrada, o índice finalmente se livrou dos 101 mil pontos e retomou sua tendência de alta em todos os tempos gráficos, o que eleva a probabilidade pelo teste dos 104.850 pontos ou no cenário mais otimista até mesmo o topo histórico em 106.650 pontos.
Toda essa tese foi baseada naquela distorção comentada no último artigo entre a precificação dos cortes da Selic versus andamento da curva de juros, gap este que foi fechado ao longo desta semana.
A partir de agora, precisamos fazer a seguinte pergunta: essa projeção de corte será concretizada? Aparentemente sim, olhando os dados de atividade econômica divulgados.
A produção industrial brasileira recuou 0,3% na passagem de junho para julho, enquanto o mercado esperava uma avanço de 0,5%.
Ao mesmo tempo, o IPCA registrou inflação de 0,11% em agosto, em linha com o esperado e mais uma vez comprovando que o Banco Central ainda tem espaço para avançar com sua política monetária expansionista.
No nível atual de precificação da curva futura de juros, temos praticamente 90% de chance para um corte de 0,50 ponto percentual da Selic na próxima reunião, indo para 5,50% ao ano.
Lá fora, essa discussão também está na boca do povo, ainda mais após um Livro Bege alertando para um “ritmo modesto” da economia norte-americana e os dados do Relatório de Emprego de agosto, mês que foram criadas 130 mil vagas de trabalho, enquanto a expectativa de mercado era de 160 mil.
Vale lembrar que a reunião do Fed (e do Copom) será entre 17 e 18 de setembro.
Destaques de alta/baixa do Ibovespa
Do lado positivo, os bancos estão entre os destaques, com Itaúsa (proxy do Itaú) e Bradesco subindo 5,5% e 5,1%, respectivamente, influenciado pela expectativa de corte da taxa de compulsório.
Entretanto, foi Ultrapar (+9,9%) que registrou a maior alta entre as ações que fazem do Ibovespa, reflexo do ganho inesperado de market share pela Ipiranga.
Na ponta negativa, MRV recuou 11,4% com o mercado penalizando forte a investida da empresa nos EUA.
Na quinta, a construtora comprou 20% da incorporadora norte-americana AHS Residential e foi colocado em xeque a estratégia de atuação da empresa, essa especializada no segmento de baixa renda, especialmente no programa Minha Casa, Minha Vida.
Calendário econômico para a próxima semana
Depois de um começo de mês agitado, a segunda semana de setembro está mais tranquila, com destaque para os dados de vendas no varejo de julho no Brasil na quarta (8h00), enquanto nos EUA o resultado será referente ao mês de agosto e na sexta (9h30).
Ainda falando sobre Estados Unidos, atenção aos índices de inflação ao produtor e consumidor de agosto na quarta (9h30) e quinta (9h30), respectivamente.
Por fim, na sexta teremos feriado na China (Festival da Lua) e as bolsas por lá estarão fechadas.
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