Conhecida também como arbitragem, a estratégia de Long&Short consiste em aproveitar as distorções de preços entre dois ativos. Há diversas formas de encontrar paridades, como correlação e Co integração.
Como funciona?
Na correlação, os dois papeis operados devem possuir algum tipo de ligação, e por isso, tendem a se comportar de maneira similar no mercado. (Ex: Ações PN e ON da Petrobras – PETR3 e PETR4, ou ações do mesmo setor, como MULT3 e IGTA3).
Quando ocorre uma distorção entre a variação de preços desses papéis, a operação se inicia, comprando papel “X” e vendendo papel “Y”, ao mesmo tempo. Portanto, a operação performa nessas pequenas distorções no comportamento que ambos os ativos eventualmente sofrem. Isso acontece porque, normalmente, um dos ativos se valoriza mais do que o outro.
Com isso, a estratégia busca que a ponta comprada (o papel que valorizou mais) tenha um aumento de preço mais comedido, a fim de ajustar a diferença para o ativo que subiu menos. O mesmo funciona para a desvalorização, quando um dos ativos se desvaloriza mais do que o par, entramos comprado, e vendido no que menos desvalorizou, esperando que os preços se ajustem rapidamente. A diferença de performance entre as duas pontas, também conhecida como spread, será o lucro da operação.
A mesma lógica pode ser aplicada para a Cointegração, porém, neste caso estamos buscando por 2 pares que unidos formam uma série temporal estacionária. Neste caso buscamos que a variação de dois pares respeite ranges bem definidos. E quando a variação atingir dois ou mais desvios, operaremos a distorção.
A estratégia mais difundida é a de cash neutral, em que o investidor utiliza a ponta vendida como crédito para a ponta comprada. Ambas as pontas deverão ter o mesmo volume financeiro. Há também a opção de trabalhar com Beta Neutral (menos utilizada).
Long & Short na prática
Trazendo a estratégia para prática, vamos supor que um investidor inicie uma operação comprando 1000 ações a R$50 do ativo “X” totalizando R$50.000, e vendendo 1600 ações a R$31,25 do ativo “Y”, totalizando também R$50.000:
Agora, imagine que o ativo “X” (ponta comprada) valorizou 5% e o ativo “Y” (ponta vendida) valorizou 3% respectivamente. Nesse cenário, o investidor, obteve um lucro de 2% com essa operação, ou seja, ganhou 5% na ponta comprada, e perdeu 3% na ponta vendida, resultando nos 2%.
Esperamos que goste da explicação e realize boas operações de Long&Short,
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