Quais setores saem na frente na recuperação da crise?

Veja como cada setor tem sido afetado pela atual crise e quais podem sair na frente quando o assunto é recuperação econômica.

A paralização da atividade econômica e os gastos do governo no combate à pandemia tiveram impactos na economia brasileira. De acordo com um estudo do Instituto Fiscal Independente, a queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país pode atingir até 7% neste ano. Porém, mesmo com o cenário pessimista, a flexibilização do isolamento social começa a desenhar alguns sinais de recuperação. Neste artigo, você irá saber quais setores prometem sair na frente quando o assunto é o aquecimento da economia.

Apesar de ser impossível prever exatamente os rumos da economia pós-pandemia, a expectativa é que ainda nos próximos meses alguns mercados voltem a reaquecer.  Comércio de bens semiduráveis, transportes, energia e os setores imobiliário e financeiro prometem ter uma recuperação mais acelerada no primeiro momento.

Energia e transporte

Energia é um setor que foi pouco afetado pela crise. Por se tratar de algo essencial, o consumo de energia não diminui radicalmente mesmo em cenários economicamente adversos. De qualquer forma, com o retorno das pessoas aos postos de trabalho, aquecerá ainda mais esse setor.   Já os transportes, combustíveis e logística também tendem a reagir com o deslocamento das pessoas para o trabalho e com a movimentação de cargas para reposição de estoque. Porém, é provável que o desempenho desses segmentos siga abaixo dos níveis pré-pandemia.

Alimento e bebida

Olhando o setor de uma forma mais macro, podemos dizer que o impacto foi relativamente baixo, pois mesmo em meio à pandemia as pessoas continuam consumindo alimentos e bebidas. Porém, com a quarentena, as pessoas passaram a se alimentar em casa. Agora, com a retomada das atividades, as áreas relacionadas à alimentação fora do lar passam a ganhar mais força.

Varejo

Outra área que já demonstra certo aquecimento é o de bens semiduráveis, como roupas e eletroeletrônicos. A princípio, houve quem achasse que o varejo não seria tão afetado pela crise do coronavírus. Entretanto, a restrição de circulação e o fechamento do comércio em virtude da quarentena trouxeram impactos consideráveis. Ainda que algumas empresas possam contar com o e-commerce para continuar circulando suas mercadorias, as lojas físicas fechadas e a ausência de pessoas consumindo nas ruas resultaram em queda nas vendas. Além disso, muitas pessoas ficaram com medo de uma possível recessão e passaram a consumir apenas o essencial. Entretanto, a volta da circulação de pessoas acarretará em um aumento significativo no consumo desse segmento no curto e médio prazo.

Imobiliário

O setor imobiliário também aparece entre as áreas da economia que absorveram algum impacto da crise, ainda que médio ou baixo. Houve redução nas vendas, uma vez que as pessoas ficaram impedidas de visitar empreendimentos e fechar negócio. Até mesmo algumas obras ficaram paradas. Entretanto, a flexibilização das medidas de isolamento permitem a retomada das atividades e o reaquecimento do setor, deve reagir relativamente rápido, por conta da demanda reprimida.

Financeiro

É comum pensar que os bancos não sofrem com a crise. Entretanto, mesmo com grandes receitas, essas organizações podem sofrer com o crescimento da inadimplência. Alguns bancos anunciaram medidas postergando o pagamento de empréstimos sem o acréscimo de juros. Logo, essas instituições assumirão essas despesas.

Entretanto, o setor financeiro não é formado apenas por bancos, a Bolsa de Valores também se insere nesse mercado, mas apresenta uma dinâmica diferente. Na bolsa, por exemplo, o que se observa é um grande aumento no número de pessoas que estão negociando ativos. Esse movimento indica um cenário favorável para o mercado financeiro.

Em resumo, é importante ponderar e analisar detalhadamente cada empresa e quais medidas estão sendo adotadas para reduzir os impactos da atual crise e que podem propiciar uma recuperação mais rápida. Muitas empresas já passaram por diversas crises e quando olhamos para o longo prazo é importante ter essa percepção, que apesar de no curto prazo o cenário ser extremamente desfavorável ainda assim boas empresas se adaptam e continuam crescendo.