Carteira recomendada: confira as ações para julho de 2025!

Quer saber onde investir em julho? Com a carteira recomendada Clear, você encontra as melhores ações para julho e ainda obtém uma visão geral do mercado para tomar decisões inteligentes. 

O mercado financeiro não para de nos surpreender, e o mês de junho foi mais uma prova disso: nossa carteira recomendada de ações superou o Ibovespa em mais de 300%! 

Mas, como sabemos, o mundo dos investimentos é dinâmico. O cenário atual está repleto de incertezas, tanto no âmbito global quanto no nacional. Por isso, para julho, preparamos uma carteira com ajustes estratégicos, pensando em proteger seu capital e buscar as melhores oportunidades. 

Neste conteúdo, você encontrará: 

  • O desempenho detalhado da carteira de ações recomendadas em junho e no primeiro semestre. 
  • Uma análise aprofundada do cenário macroeconômico (guerra comercial, dívida dos EUA, política brasileira). 
  • As perspectivas para o Ibovespa e o que esperar do mercado. 
  • As novas ações para julho (e por que foram escolhidas!). 

Confira as melhores ações para julho a seguir! 👇 

Desempenho da carteira de ações recomendadas em junho de 2025  

O primeiro semestre de 2025 foi memorável para a carteira recomendada da Clear. Em junho, o desempenho foi de 4,27%, enquanto o Ibovespa registrou 1,33%, resultando em uma superação de 321%

Essa performance do mês de junho elevou o acumulado da carteira de ações julho para 28,21% até o final do primeiro semestre, contra 14,77% do Ibovespa.  

Isso representa uma performance de 190,99% acima do índice de referência, mostrando a resiliência da estratégia da Carteira Clear. 

​​Carteira de ações — junho/25 
Ativos Rentabilidade IBOV 
TAEE11 ​-1,27% ​1,33% 
KLBN4 ​0,76% ​1,33% 
SAPR11  ​16,23% ​1,33% 
EQTL3 ​-1,88% ​1,33% 
CPLE6 ​-1,66% ​1,33% 
VVBR3 ​7,33% ​1,33% 
TIMS3 ​13,13% ​1,33% 
SUZB3 ​3,14% ​1,33% 
SOJA3 ​2,68% ​1,33% 
Total junho/25: 4,27% 1,33% 
% acima do IBOV (mês) 321,05% 
Rendimento total carteira: 28,21% 
Rendimento total IBOV: 14,77% 
% acima do IBOV (total): 190,99% 

Quer conferir esta análise em vídeo? Confira o conteúdo no canal da Clear: 

Cenário econômico atual

O momento exige atenção redobrada dos investidores. Tanto no cenário global quanto no doméstico, a volatilidade e as incertezas são as palavras de ordem. 

Para entender as escolhas da carteira recomendada de ações para julho, é fundamental mergulhar nos fatores que estão influenciando o mercado: 

Cenário externo: Guerra Comercial e FED

Junho trouxe eventos que acenderam alertas no panorama internacional. O conflito no Oriente Médio, por exemplo, gerou preocupação e uma alta repentina no preço do petróleo. Embora a ação tenha sido rápida e, por ora, encerrada, a região exige monitoramento constante, pois qualquer faísca pode gerar novos conflitos. 

Outro ponto de atenção é a política protecionista de Donald Trump. Iniciada em 2025, essa abordagem comercial trouxe retaliações em relação às tarifas implementadas por outros países. Embora Donald Trump tenha revogado temporariamente essas tarifas até 9 de julho de 2025 (mês corrente), a incerteza sobre seu retorno é um fator de preocupação. 

Acordos pontuais, como o de terras raras com a China, mostram alguma flexibilidade. No entanto, a volta das tarifas pode frear drasticamente o crescimento global. 

Por fim, o endividamento norte-americano também levanta sérias preocupações. A proposta de pacote fiscal de Donald Trump, que pode adicionar US$ 3,3 trilhões à dívida até 2034, é um sinal de alerta. Os EUA já não ostentam mais a cobiçada nota “Triple A” das três agências de risco, tendo sido rebaixados pela Moody’s em 2025. 

Esse cenário pode impactar a política monetária do Fed, limitando o espaço para cortes de juros. Investidores tenderiam a exigir maior rentabilidade para emprestar a um país com dívida crescente, gerando mais volatilidade

Cenário no Brasil: Medidas fiscais 

No Brasil, observa-se uma complexa complicação político-econômica entre o Legislativo (Congresso) e o Executivo (Presidência). 

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 superestimou receitas e subestimou gastos. Ao longo dos meses de 2025, percebeu-se que o país estava longe de bater a meta fiscal de zerar o déficit. Para tentar reverter o quadro, o governo implementou novas medidas fiscais. 

Essas medidas incluíram o aumento da alíquota do IOF (com algumas reversões) e a elevação da alíquota de ALCI, LCA, CRI, CRA, além da unificação de impostos sobre produtos financeiros em 17,5%. 

No entanto, a relação com o Congresso se tensionou. A derrubada de um decreto presidencial, algo raro desde o Plano Real, sinaliza uma perda de governabilidade do Executivo. A situação escalou para o STF, envolvendo os três poderes, o que adiciona uma camada de incerteza política e econômica. 

O mercado observa atentamente as consequências dessa falta de governabilidade e a possibilidade de medidas populistas em vez de soluções estruturantes. 

⚠️ Novas tarifas de Trump ao Brasil: No dia 9 de julho de 2025, Donald Trump enviou uma carta ao governo brasileiro anunciando a intenção de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida foi justificada com críticas ao julgamento de Jair Bolsonaro, ataques ao STF e questionamentos ao atual modelo tributário entre os dois países. A tarifa está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, e até lá, espera-se um período de intensas negociações entre os governos, o que aumenta a incerteza quanto ao futuro das relações comerciais bilaterais. 

Caso a tarifa seja de fato implementada, os impactos na economia brasileira poderão ser significativos. Estima-se uma retração de 0,3% no PIB, além de uma possível alta inflacionária — especialmente preocupante diante de uma taxa Selic já elevada, atualmente em 15%. 

Esse cenário agrava o nível de incerteza e exige cautela. Será fundamental acompanhar os desdobramentos desse impasse para avaliar com mais precisão os efeitos sobre os ativos brasileiros. 

Ibovespa no gráfico: consolidação e riscos

De acordo com o gráfico, o Ibovespa se encontra no meio de uma consolidação entre a região de topo histórico e a região de Pullback — no início de julho, se encontrou próximo à região de topo, demonstrando falhas. Isso significa que ele pode buscar a região de suporte e, caso perca essa região, abre espaço para um movimento vendedor de maior intensidade. 

A região dos 129.500 pontos é vista como um possível alvo para essa correção, devido a uma confluência de fatores: 

  • Histórico: é uma região de extrema relevância, com formação de múltiplos topos no passado; 
  • Média de 200 períodos: há a presença da média móvel de 200 períodos, um indicador técnico importante; 
  • 50% de retração: corresponde a 50% de retração da pernada de alta ao longo de 2025. 

Diante desse cenário, a adoção de uma carteira recomendada de ações mais defensiva se justifica, visando proteger o capital em caso de uma correção do Ibovespa. 

“Temos uma confluência: histórico do ativo, média de 200 períodos e 50% da retração da pernada de alta ao longo do ano. Por isso, essa região pode ser uma região alvo caso o Ibovespa venha para um movimento de correção mais profunda.”  

— Rafael Perretti, trader e analista na Clear Corretora. 

📈 Confira a análise em vídeo para ver na prática os movimentos do gráfico: 

Veja a carteira de ações recomendadas para Julho 2025

Diante do cenário de incertezas e da expectativa de uma possível correção no Ibovespa, a carteira recomendada de ações julho foi ajustada para manter uma postura defensiva, buscando ativos com maior previsibilidade e potencial em um ambiente de incerteza. 

Quais foram as mudanças nas ações para julho? 

A carteira de ações julho passou por duas alterações estratégicas importantes para o mês: 

  1. Saída de Taesa (TAEE11) e entrada de ISAEP (ISAE4): 

A saída de Taesa se justifica após um forte movimento de alta e valorização. Em um cenário de possível correção do Ibovespa, a expectativa é que Taesa também pudesse ter espaço para uma correção. 

Em seu lugar, entrou ISAE, a famosa Transmissão Paulista. Esta é uma empresa do setor de transmissão de energia, conhecido por sua perenidade e estabilidade.  

O ativo está mais consolidado e com múltiplos abaixo do histórico do mercado, indicando que está descontado e pode ter espaço para valorização ou permanecer mais travado em momentos de volatilidade. 

  1. Saída de Suzano (SUZB3) e entrada de Santos Brasil (STBP3): 

A saída de Suzano visa reduzir a alta exposição ao setor de papel e celulose, já que a carteira contava com Suzano e Klabin. A escolha foi por manter Klabin, que apresenta uma melhor perspectiva futura. 

Para preencher essa lacuna, entrou Santos Brasil. Considerada um “case excepcional” para o cenário atual de incerteza, a empresa possui um preço pré-estabelecido de R$15,30 por ação, resultado de um acordo de venda de participação de 48% da Opportunity.  

Com o ativo negociado atualmente em torno de R$13,77, a expectativa é que ele mantenha uma trajetória até atingir esse valor justo, funcionando como um “veículo de renda fixa” em um ambiente de maior risco. 

Nova carteira de ações para Julho:

Dessa forma, a carteira de ações recomendadas de julho fica assim: 
 

  • ISA Energia Brasil (ISAE4) 
  • Santos Brasil (STPB3) 
  • Klabin (KLBN4) 
  • SANEPAR (SAPR11) 
  • Equatorial (EQTL3) 
  • Copel (CPFL6) 
  • Vibra (VVBR3) 
  • Tim (TIMS3) 
  • Soja (SOJA3) 

Conclusão

O cenário econômico atual, tanto no ambiente interno quanto externo, exige cautela diante do elevado nível de incerteza. As dúvidas em relação ao equilíbrio das contas públicas e à possível implementação de tarifas pelos Estados Unidos ampliam os riscos, especialmente no que diz respeito à relação comercial entre os dois países. Ainda assim, grande parte dos ativos brasileiros permanece descontada, o que pode representar oportunidades no médio e longo prazo. O momento exige paciência e acompanhamento atento dos desdobramentos do impasse comercial. 

Lembre-se: esta carteira recomendada é um guia, não uma recomendação de investimento. Consulte sempre um profissional qualificado para tomar decisões alinhadas ao seu perfil de investidor e objetivos financeiros. 

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