Entenda como a substituição de títulos afeta o rendimento do Tesouro Direto
No dia 10 de fevereiro de 2020, o Tesouro Nacional descontinuou a venda de alguns títulos públicos do Tesouro Direto e divulgou as novas opções disponíveis no mercado.
Em regra, as novas opções contam com vencimentos mais longos e, como consequência disso, o rendimento do Tesouro Direto também aumentou.
Mas, o que isso muda para quem já investe em títulos públicos do Tesouro Direto? Nada.
A única diferença é que a partir de agora, os novos investidores terão acesso apenas aos títulos com vencimentos mais longos, o que torna essa aplicação ainda mais atraente ao investidor pessoa física.
Ficou com dúvida?
Neste artigo vamos apresentar os novos vencimentos dos títulos do Tesouro Direto e por que você deve ter um (ou mais) deles na sua carteira de investimentos.
Vamos lá?
Títulos do Tesouro Direto: o que são?
Antes de falarmos da substituição de títulos, vale entender o que de fato eles são e significam.
O Tesouro Direto, nada mais é do que uma forma de “empréstimo” ao governo federal com o objetivo de financiar atividades públicas, como obras de infraestrutura, saneamento, educação etc.
Para isso, o governo disponibiliza diferentes títulos do Tesouro Direto para compra e, cada um deles, conta com um vencimento diferente.
O vencimento é o momento no qual o investidor receberá o valor investido acrescido dos juros predefinidos no momento da compra.
Além disso, os títulos podem ser prefixados, os quais o lucro no vencimento da aplicação é conhecido no momento da compra, ou pós-fixados, atrelados a fatores externos da economia, como IPCA, taxa Selic etc.
Quais são os títulos do Tesouro Direto?
Tesouro Prefixado (antiga LTN)
Esses títulos, como o próprio nome sugere, têm sua rentabilidade definida (prefixada) no momento da compra.
Isso quer dizer que, ao adquirir um Tesouro Prefixado, o investidor já sabe qual será seu rendimento ao final do período de aplicação.
Tesouro Selic (antiga LFT)
Esses títulos têm a rentabilidade diária vinculada à taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira.
Ou seja, se a Selic subir, a tendência é que a remuneração seja maior, e vice-versa.
Tesouro IPCA + (antiga NTN-B)
Títulos pós-fixados com rentabilidade vinculada à variação do IPCA (Índice de preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação “oficial” do país), acrescida de uma taxa prefixada.
Novos títulos do Tesouro Direto
Os novos títulos do Tesouro Direto disponíveis ao Investidor pessoa física são:
- Prefixado (LTN) 2023
- Prefixado (LTN) 2026
- Prefixado com juros semestrais (NTN-F) 2031
- IPCA+ (NTN-B Principal) 2026
- IPCA+ com juros semestrais (NTN-B) 2030
- IPCA+ com juros semestrais (NTN-B) 2040
- IPCA+ com juros semestrais (NTN-B) 2055
Títulos que foram descontinuados
Os títulos descontinuados foram os prefixados e os atrelados ao IPCA. Sendo eles:
- Prefixado (LTN) 2022
- Prefixado (LTN) 2025
- Prefixado com juros semestrais (NTN-F) 2029
- IPCA+ (NTN-B Principal) 2024
- IPCA+ com juros semestrais (NTN-B) 2026
- IPCA+ com juros semestrais (NTN-B) 2035
- IPCA+ com juros semestrais (NTN-B) 2050
Lembrando que, na Clear, a compra dos títulos do Tesouro Direto permanece 100% igual, realizada diretamente pelo Pit de Negociações, o Home Broker oficial da corretora.