Carteira Recomendada de Renda Variável (Novembro)

Destaque do mês

Cenário Global

O que está acontecendo?

Vimos as bolsas americanas recuperarem o folego em outubro com os 3 principais índices (Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones) fecharem o mês nas máximas históricas, impulsionados pela forte temporada de resultados. Ainda nos EUA, os investidores aguardam a próxima reunião Fed, Banco Central do país, que irá decidir sobre o possível início da retirada dos estímulos monetários e comentar sobre a inflação, atualmente no nível mais alto dos últimos 30 anos. 

Como isso impacta a sua decisão de investimento?

A reunião acontecerá na primeira quarta-feira de novembro e a atenção fica para como o mercado vai se comportar nesse novo momento econômico com inflação alta e redução dos estímulos, que impulsionaram a economia e sustentaram as bolsas na recuperação da pandemia. O forte lucros das empresas no 3º trimestre é um indicio positivo, mas seguiremos atentos se o mercado americano vai sustentar os níveis atuais. Caso aconteça uma correção no cenário externo, podemos ver uma deterioração ainda maior da bolsa brasileira, que já vem apresentando uma performance negativa mesmo com o momento favorável no exterior. 

O que mais é importante ter no radar?

Seguimos acompanhando a desaceleração do crescimento na China, com o setor industrial sendo impactado pelo alto preço das commodities e pelo racionamento de energia, combinado com o registro de novos casos de coronavírus frente uma política restritiva severa. Dada a importância da China como parceiro comercial de vários países, incluindo o Brasil, a desaceleração da atividade por lá pode refletir em diferentes economias.

Cenário Brasil

O que está acontecendo?

Em outubro o cenário macro brasileiro se deteriorou ainda mais. A sinalização de Brasília de que o teto de gastos pode ser violado foi mal recebida pelo mercado. Embora os gastos extras de R$ 30 bilhões possam parecer pequenos se comparados ao tamanho do orçamento geral, a preocupação agora é que esses gastos não parem por aí.  Economistas veem uma mudança no regime fiscal no Brasil, que trouxe também uma revisão de cenário. 

Como isso impacta a sua decisão de investimento?

A piora da situação fiscal aumenta a preocupação com a dívida pública, que reflete na perda de credibilidade do país. Com isso, o novo cenário já considera (i) juros mais altos, tanto nas próximas reuniões do Banco Central para o final desse ano e começo do próximo como para o longo prazo (10 anos); (ii) menor crescimento da economia nos próximos períodos e (iii) inflação mais elevada. A combinação desses fatores compõe um cenário mais adverso que pode trazer turbulência e exigir cautela do investidor. 


O que mais é importante ter no radar?

O aumento da inflação continua sendo uma das principais fontes de preocupação dos mercados. Com um cenário de preços em alta, muitos investidores se perguntam se a Bolsa continua sendo um bom investimento. As ações são ativos reais que protegem os investidores da perda do poder de compra ao longo do tempo. Neste sentido, vale priorizar as empresas líderes de mercado, que podem repassar a inflação aos consumidores.

Alterações

Nessa virada de mês não faremos alterações na carteira. 

No cenário atual reforçamos a estratégia de investir em (i) commodities, que continuam sendo uma boa proteção contra inflação mais alta e valorização do dólar; (ii) empresas que dependem menos do ambiente macro, sendo capazes de entregar crescimento apesar do momento desafiador; (iii) oportunidades de ações de qualidade a preços atrativos; e principalmente (iv) diversificar, aproveitando oportunidades em outros mercados e não dependendo apenas do cenário Brasil para manter a rentabilidade.

Com essa visão, já fizemos ajustes recentes na carteira aumentando a exposição a commodities; expandindo o olhar internacional e sobre empresas exportadoras. Optamos assim por manter as posições atuais frente a diversificação que atingimos na carteira e também na expectativa de bons resultados para alguns nomes específicos que divulgarão os números no próximo mês. 

Visão da Carteira

Ativos

Exposição

Comparativo de Rentabilidade Carteira X Ibovespa

Sobre os Ativos

AURA33

Aura Minerals é uma produtora de ouro e cobre com foco no desenvolvimento e operação de projetos minerais nas Américas. Possui, atualmente, quatro ativos produtivos, alguns ainda em fase de construção e outros quatro grandes projetos em fase pré-operacional. Aproximadamente 75% da produção está ligada ao ouro. 

Vemos que a mineradora está bem posicionada para capturar o momento positivo dos preços dos metais preciosos. Também estamos otimistas com o plano de expansão da Aura, que deve desbloquear valor à medida que novas reservas e recursos são declarados. 

Adicionalmente, entendemos que o momento é favorável para ter exposição a metais. O ouro, assim como as outras commodities, funciona como uma proteção contra a inflação dado que boa parte da alta dos preços vem das commodities. Já o cobre tem uma perspectiva positiva de longo prazo com a tese de eletrificação global. Assim, a Aura contribui com a diversificação da carteira, trazendo exposição indireta ao ouro e outros metais.

SMTO3

A São Martinho é um dos maiores grupos sucroalcooleiros do país. Assim como outras usinas, a São Martinho planta, colhe e processa cana-de-açúcar, além de comprar a cana de fornecedores terceiros. Além da produção de açúcar e etanol, a São Martinho também gera energia elétrica por meio da queima do bagaço da cana. Consequentemente, todas as suas quatro plantas são autossuficientes em energia renovável e, além disso, exportam o excedente de energia para a rede nacional.  

Hoje, o resultado com a venda de energia já representa cerca de 5% da receita total da São Martinho e, na nossa visão, pode vir a representar ainda mais no médio prazo. Além dessa oportunidade de crescimento, apesar da produção de açúcar já ter preços travados via hedge (proteção), o atual momento do etanol é positivo para as margens. Entendemos que a São Martinho tem todas as capacidades para aproveitar o momento favorável do setor, com o preço internacional do açúcar já travado e ainda é impulsionado pelo cambio desvalorizado.

ARZZ3

A Arezzo&Co é uma das principais empresas do varejo de moda do país. Além da marca que leva o nome do Grupo, a própria Arezzo, a companhia tem outras 7 marcas, como Anacapri e Vans, sendo líder em calçados, bolsa e acessórios femininos com lojas espalhadas por todo o Brasil. Além do sólido histórico de entregas, vemos a Arezzo&Co como uma empresa inovadora, com capacidade de criação e que soube se adaptar as tendências, principalmente durante a pandemia e o novo estilo “ficar em casa”. Destacamos também as recentes aquisições, como a marca Baw e a Reserva, que reforçam a estratégia de adaptação e atualização as tendências. 

Além do forte posicionamento da companhia, destacamos Arezzo como uma oportunidade de investimento para ter exposição a reabertura econômica. Marcas focadas no publico de mais alta renda são inclusive menos impactado pela deterioração do cenário local, dado que o poder aquisitivo do seu cliente é mais estável. Esperamos números fortes na divulgação do resultado do 3º trimestre, o que pode impulsionar a performance do papel. 

BRBI11

BR Partners é um banco de investimentos brasileiro e independente. Fundado em 2009 por Ricardo Lacerda, seus sócios e 10 das famílias mais ricas do Brasil, a instituição conta com a experiência desses profissionais no negócio de banco de investimento. A Br Partners atua em (i) fusões e aquisições; ii) assessoria de conselhos; iii) reestruturação financeira; iv) privatizações; v) Sales (Vendas) & Trading; e vi) emissão de dívidas (DCM).

Como instituição financeira, a BR Partners nunca teve um ano de perdas. Além disso, sua participação de mercado aumentou substancialmente ao longo dos anos. Entendemos que a empresa está bem posicionada para capturar o crescimento do mercado de investimentos. O momento atual do mercado de capitais, agitado por diversos IPOs, follow-ons (ofertas de ações), e emissões de dívidas, é positivo para bancos de investimentos, que participam assessorando as empresas para acessar esse mercado. 

A Br Partners é um dos novos nomes da nossa bolsa, o banco fez o IPO em junho desse ano quando passou a ter as suas ações negociadas na B3. Esperamos números fortes na divulgação do resultado do 3º trimestre, o que pode impulsionar a performance do papel.

MULT3

A Multiplan é uma das maiores operadoras de shoppings centers do Brasil. A companhia conta com 19 unidades espalhadas por Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal e Alagoas. Vale destacar que grande parte das regiões de atuação da empresa são Estados que concentram boa parte do PIB (Produto Interno Bruto), ou seja, da geração de riqueza do país. Isso é um ponto positivo para o setor de shoppings, que depende do poder de consumo da população para girar o negócio, principalmente num momento pós-crise. 

Operacionalmente os shoppings vem se recuperando ao longo do 2º semestre de 2021, com os níveis de atividade se aproximando aos números de julho de 2019. O principal fator que tem impedido a performance positiva é o aperto monetário de curto prazo, mas mantemos a nossa visão positiva para o setor e destacamos Multiplan como bem posicionada para capturar o potencial de valorização dado a qualidade dos shoppings administrados e a presença nas principais regiões consumidoras.  

MELI34

Mercado Livre é o maior ecossistema de varejo e meios de pagamento online da América Latina, o grupo opera através da sua plataforma de e-commerce e do Mercado Pago para solução financeira. Presentes em 18 países (entre eles: Argentina, Brasil, México, Colômbia, Chile, Venezuela e Peru), é líder de mercado em cada uma das principais regiões. A ação do Mercado Livre está listada na bolsa de tecnologia dos Estados Unidos, Nasdaq, e está disponível para o investidor brasileiro na B3 como BDR.  

Destacamos a empresa como uma das mais bem posicionados entre as varejistas online. O Mercado Livre (i) tem vantagens competitivas em relação aos pares por já ter “nascido” em como uma empresa tech, (ii) é gerida por pessoas que são referencia no setor e (iii) recentemente fez aquisições interessantes que potencializam a sua atuação. Esperamos números fortes na divulgação do resultado do 3º trimestre, o que pode impulsionar a performance do papel. 

IVVB11

Esse ETF, gerido pela BlackRock, tem como referência o índice S&P 500, formado pelas 500 maiores ações dos Estados Unidos. As empresas são selecionadas de acordo com critérios como tamanho, liquidez e setor, sendo composto por algumas das principais empresas do mundo, como: Microsoft, Apple, Amazon, Facebook, Alphabet– Google, Johnson & Johnson, Berkshire Hathaway, Visa Inc. e JPMorgan Chase & Co. 

O índice S&P 500 vem renovando sucessivamente as máximas históricas. Ainda vemos potencial de crescimento nas bolsas dos Estados Unidos e entendemos que o IVVB11 é um ótimo ativo para termos exposição a esse mercado. A diversificação de setores e a relevância das gigantes de tecnologia líderes em crescimento (como Facebook, Amazon, Apple entre outras) na composição do índice são uma boa estratégia para capturar o momento positivo da região. 

WEGE3

A Weg S.A. é uma multinacional brasileira fabricante de motores, transformadores e geradores para o setor elétrico, além de outros equipamentos eletrônicos para a indústria. A Weg tem exposição global, com a comercialização de seus produtos em praticamente todos os continentes e a maior parte da sua receita é proveniente de exportação.  

WEGE3 foi uma das ações de destaque do Brasil nos últimos anos, despontando pelo bom posicionamento e boa gestão da empresa. Vemos a WEG bem posicionada para continuar entregado fortes resultados operacionais, com (i) retomada de investimentos globais, e (ii) portfolio altamente diversificado suportando um sólido crescimento de receita no curto-prazo. Além do mais, dada a exposição da companhia a diversos mercados, acreditamos que riscos políticos num âmbito doméstico podem ser compensados por uma maior participação a mercados externos (~55% da receita advinda de mercados fora do Brasil).

Renda Variável

Objetivo

A carteira recomendada tem como objetivo capturar as melhores oportunidades e performances do mercado de renda variável. Dessa forma, os ativos aqui recomendados não se limitam a uma única classe. A carteira pode ter na sua composição ações, ETFs, BDRs ou outra classe de ativo de renda variável que faça sentido com a estratégia de capturar as oportunidades em diferentes momentos. 

O processo de seleção dos ativos é realizado pelo time de estratégia da Corretora Clear. As recomendações ponderam (i) a qualidade dos ativos; (ii) possíveis janelas de oportunidade para compra; (iii) momento macroeconômico e setorial. 

Estratégia

Definimos a estratégia com base no (i) cenário brasileiro, (ii) o potencial de crescimento de outras economias, (iii) a tendência da moeda (R$/USD) e (iv) eventuais fatores específicos dos ativos. Com esse pano de fundo, escolhemos ativos que proporcionem exposição as melhores oportunidade do mercado de renda variável internacional e local. 

Atualização

A carteira é atualizada todo começo de mês. Com periodicidade mensal revisamos se a estratégia está alinhada na busca pelo potencial de ganho com a conjuntura econômica mais atual. Nesse cenário, alterações são feitas se necessário.

Cumprindo o objetivo de capturar oportunidades e de acordo com a tomada de decisão baseada em fundamentos, a carteira visa um horizonte de médio prazo. As recomendações feitas são revisadas mensalmente podendo ou não sofrer alterações, a depender da mudança de cenário macroeconômico ou fundamentos de cada ativo.

Composição

A carteira é composta por oito ativos e distribuída igualmente entre eles, sendo 12,5% o peso de cada um. A estratégia adotada considera a diversificação como vetor importante da perenidade dos resultados em um horizonte mais amplo de tempo, sem perder oportunidades de mercado. 

Distribuímos a carteira em setores variados, com diversos fatores de risco (como commodities, dólar, crescimento de diferentes economias, entre outros) e diferentes classes de ativos. Entretanto, não foram estipulados parâmetros fixos de cada fator visando a flexibilidade para capturar ao máximo as oportunidades de cada momento. 

Informações importantes

DISCLAIMER INFORMAÇÕES IMPORTANTES 

Analistas: Roberto Indech – CNPI: 1426 

Pietra Guerra – CNPI: 2531

Este relatório de análise foi elaborado pela Clear Corretora, uma marca da XP Investimentos CCTVM S.A. (“XP”) de acordo com todas as exigências previstas na Resolução CVM 20/2021, tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar sua própria decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto. As informações contidas neste relatório são consideradas válidas na data de sua divulgação e foram obtidas de fontes públicas. A Clear não se responsabiliza por qualquer decisão tomada pelo cliente com base no presente relatório. Este relatório foi elaborado considerando a classificação de risco dos produtos de modo a gerar resultados de alocação para cada perfil de investidor. 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A Análise Técnica é executada seguindo conceitos como tendência, suporte, resistência, candles, volumes, médias móveis entre outros. Já a Análise Fundamentalista utiliza como informação os resultados divulgados pelas companhias emissoras e suas projeções. Desta forma, as opiniões dos Analistas Fundamentalistas, que buscam os melhores retornos dadas as condições de mercado, o cenário macro econômico e os eventos específicos da empresa e do setor, podem divergir das opiniões dos Analistas Técnicos, que visam identificar os movimentos mais prováveis dos preços dos ativos, com utilização de “stops” para limitar as possíveis perdas. O investimento em ações é indicado para investidores de perfil moderado e agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela Clear. Ação é uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, varia conforme as cotações de mercado. 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