A mais antiga e conhecida das moedas virtuais disponíveis no mercado, o Bitcoin, vem batendo recordes sucessivos, contabilizando, ao longo de 2020, um crescimento de 300%, e chegando a valer cerca de US$644 bilhões em 2021.
O boom da internet (1999), também alavancou o crescimento explosivo do Bitcoin nos últimos anos, fazendo com que a taxa de crescimento da moeda virtual superasse, em usuários, os adotantes da internet.
Um estudo, realizado por Willy Woo e publicado na Exame em 2021, revela que “em termos de adoção, o bitcoin tem, a grosso modo, o mesmo número de usuários que a internet tinha em 1997. Mas o bitcoin está crescendo mais rápido. Se mantiver o ritmo nos próximos quatro anos, o bitcoin chegará a 1 bilhão de pessoas, o que equivale ao ano de 2005 para a internet”.
Já deu pra perceber que, de fato, o Bitcoin e outras moedas virtuais ganham um espaço cada vez maior, especialmente na arena dos avanços tecnológicos, e despertam a curiosidade não somente de Main Street (as pequenas firmas de investimentos ou pessoas investidoras individuais) como também de Wall Street (empresas mundialmente reconhecidas). É pra ficar de olho!
Por isso, trouxemos, neste conteúdo, tudo sobre o que é criptomoeda, os principais tipos de criptomoedas, como elas funcionam, se o investimento vale a pena. Continue a leitura e aventure-se!
O que é criptomoeda e como ela funciona?
Também conhecida como moeda virtual, a criptomoeda é uma moeda digital criada em uma rede blockchain, com recursos avançados de criptografia, praticamente impossível de sofrer alguma interferência. Existentes apenas na internet e só podendo ser utilizadas no meio digital, as criptomoedas não são emitidas por governo algum até o momento.
Mas já existem alguns governos, como China e Indonésia colocando a mão na massa para lançar sua própria criptomoeda.
Mesmo com a segurança que a criptografia oferece, a carteira digital (Wallet) é fundamental para ter o controle do que acontece com suas criptos. A carteira permite armazenar chaves, ou seja, sua senha de acesso para receber e transferir moedas virtuais, similar ao que acontece no pix.
Para que servem as criptomoedas?
No geral, as criptomoedas (ou, se você preferir, as moedas virtuais) servem para a realização de investimentos, para transações de valores pela internet, não havendo a cobrança de taxas financeiras ou bancárias, e também para a compra e venda em lojas físicas −mas, neste caso, por meios digitais.
Grandes empresas já aceitam as moedas virtuais, como DELL, Microsoft, Mastercard, Visa, PayPal, Burger King, IBM e Starbucks.
Essa lista é cada vez maior, ainda que as operações de compra com quaisquer tipos de criptomoedas sejam pequenas. Além disso, alguns governos também começaram a utilizar moedas virtuais, como os Emirados Árabes e Singapura.
Também vale a pena citar que outra função importante de cripto é a captação de recursos via ICO (Initial Coin Offering ou Oferta Inicial de Moedas), onde é possível usar uma blockchain (geralmente Ethereum) para financiar seu projeto.
Como funciona a criptomoeda no mercado?
As criptomoedas funcionam de acordo com um código que, em si, é bem simples, e a rede de mineração e os algoritmos de consenso é que criam a defesa da cripto. Não há um Banco Central que faça o acompanhamento das moedas virtuais e, por isso, elas precisam ser registradas e validadas em um sistema de blockchain, que assegura que nenhuma moeda virtual seja utilizada por mais de uma pessoa, e que proporciona total anonimidade entre as transações.
Quem registra as transações no blockchain são mineradores, que conferem as operações realizadas e, em troca, recebem suas próprias moedas virtuais –e a inovação tecnológica está no fato de que essa recompensa é ajustada de forma a sempre manter o engajamento da rede de mineração.
Por fim, a variação de preço de cada um dos tipos de criptomoedas segue a lei da oferta e da procura.
Como funciona a compra e venda de criptomoedas?
Para comprar as criptomoedas, é preciso procurar uma corretora de confiança que trabalhe com tipos de criptomoedas em seu portfólio. Você informa a quantia que gostaria de investir, e a compra é efetuada por meio do emissor ou de alguém que queira se desfazer de suas moedas, seja por meio de dinheiro real ou negociação das mesmas moedas.
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A cotação das moedas virtuais é realizada na internet, anonimamente e, para além disso, as criptomoedas são parte de um mercado recente, portanto, a volatilidade o acompanha.
Dessa forma, o perfil indicado para investir em moedas virtuais costuma ser restrito às pessoas que estão mais confortáveis com grandes oscilações de mercado.
Existe certo alerta sobre o risco de hackers e imprevisibilidade do futuro, porém, depois de conhecermos a dinâmica das moedas virtuais e saber mais sobre como funciona a criptomoeda, fica mais fácil entender que a probabilidade de interferências externas é baixa e que, em todas as situações, é necessário ter cautela com senhas e tokens.
Tipos de criptomoedas: quais os mais populares?
Já existem mais de 8 mil tipos de criptomoedas no mundo, chegando na casa de US$2 trilhões em valor de mercado. Isso te surpreende? É, não dá para negar a explosão das moedas virtuais.
Mas você sabia que algumas criptomoedas não têm como finalidade se tornar uma moeda de troca, e sim um projeto de inovação tecnológica em diversas frentes? Por isso, nesses casos, o valor real (a cotação da moeda) não significa, necessariamente, que o projeto como um todo não tenha valor.
Diferentes moedas virtuais possuem tecnologias e mecanismos diferentes, e nem todas as criptomoedas são classificadas como Bitcoins, por exemplo. Sem dúvidas, as Altcoins (moedas virtuais que são uma alternativa ao Bitcoin) também seguem uma tendência positiva de valorização.
Na sequência, nós te mostramos as 11 moedas virtuais mais populares e de maior market cap. Confere aí!
Bitcoin
O Bitcoin, o tipo de criptomoeda mais famoso do mercado, já acumula uma capitalização de mercado superior a US$1 trilhão, e, desde 2010, teve uma valorização de 3.000.000%, com uma média anual de 192% de lucro. Se você tivesse apostado R$100 na moeda virtual lá em 2010, por exemplo, teria, hoje, mais de R$5 milhões de reais na conta bancária.
Existem mais de 18,5 milhões de Bitcoins em circulação, e seu limite já havia sido estipulado muito tempo atrás: só será possível existir 21 milhões de Bitcoins.
Cardano
Ainda se esforçando para manter seu nome na lista das moedas virtuais fortes do mercado, o Cardano é, na verdade, bem jovem: foi lançado em 2017. Em 2021, chegou a valer em torno de US$1,23 e a acumular um respeitável market cap de US$39 bilhões.
Seu sistema de blockchain é considerado mais seguro que o do Ethereum e Bitcoin, e o projeto das pessoas que desenvolveram esse tipo de criptomoeda é se tornar a principal moeda do sistema financeiro global.
Dogecoin
A moeda do cachorrinho foi criada em 2013 como um meme em referência ao Bitcoin, mas viralizou e acabou atraindo o interesse dos investidores.
A criptomoeda dogecoin já tem mais de US$51,5 bilhões em capitalização de mercado e chegou a registrar um crescimento de 12.000%! Contudo, seu valor é considerado baixo, na faixa de US$0,40.
E não poderíamos de esquecer de falar que é o cachorro da raça Shiba Inu que dá cara a essa moeda virtual.
Ethereum
A Ethereum nasceu em 2015 e, dentre as moedas virtuais, já é a segunda maior do mundo, com um market cap de US$250,5 bilhões (um quarto da capitalização do Bitcoin). Em maio de 2021, por exemplo, chegou a valer mais de US$2 mil.
Este tipo de criptomoeda foi desenvolvido para funcionar como um ativo do mercado financeiro, por meio de protocolos digitais e irreversíveis, de modo que também utiliza a tecnologia blockchain.
Quando falamos em blockchain, não podemos esquecer dos smart contracts (contratos inteligentes), responsáveis pela segurança das transações sem a necessidade de um mediador, e do protocolo Proof of Stake (PoS), modelo intrínseco de validação adotado em 2020, uma alternativa ao mais antigo Proof of Work (PoW), um modelo extrínseco de validação.
Binance Coin (BNB)
Criado em 2017, o BNB tinha o objetivo de ser um “token de utilidade para descontos em taxas de trading”, segundo o site da Binance, uma das maiores corretoras (exchanges) de criptomoedas do mundo, que é, na verdade, criadora do BNB.
Hoje, o Binance Coin é o token nativo do blockchain da Binance Chain, sendo utilizado por traders no pagamento de taxas na corretora, transferência de ativos e pode ser “gasto em bens e serviços em um número cada vez maior de estabelecimentos”, também de acordo com a Binance.
Litecoin
Das moedas virtuais, é o irmão mais novo da Bitcoin, nascido em 2011. O DNA é o mesmo, com as mesmas características, e a diferença é que o Litecoin oferece menor tempo de transação, por conta de uma taxa menor de bloqueio, e maior acessibilidade.
Podemos considerar que essa criptomoeda possui um grande potencial, especialmente porque existe um número considerável de comerciantes que a aceitam.
Polkadot (DOT)
Relativamente nova no mercado, a Polkadot já alcançou lugares incríveis: com o objetivo de se tornar uma grande rede de blockchains interoperáveis, em 2021 chegou a estar entre as 5 maiores criptomoedas em termos de capitalização de mercado.
No site da Polkadot, é possível encontrar informações, por exemplo, de que “Polkadot permite transferências cross-blockchain de qualquer tipo de dados ou ativos, não apenas tokens”, entre outras particularidades da DOT.
Ripple (XRP)
Ripple é a moeda virtual utilizada na plataforma que leva seu próprio nome, permitindo a transferência de dinheiro em qualquer forma, inclusive moeda nacional. Além disso, ela funciona como uma espécie de banco mundial, convertendo valores de diferentes moedas.
Solana (SOL)
Fundada em 2017 por Anatoly Yakovenko, Solana é uma plataforma blockchain capaz de processar 50 mil transações por segundo, oferecendo soluções rápidas para contratos autônomos.
Stellar
A moeda virtual Stellar foi projetada por Jed McCaleb, cofundador da Ripple, em 2014. Ela é operada por uma organização sem fins lucrativos, chamada Stellar.org. Seu objetivo é ajudar economias em desenvolvimento e se concentrar na transferência de dinheiro entre fronteiras internacionais.
Tether (USDT)
O Tether é uma stablecoin (uma moeda virtual que proporciona menor volatilidade de preços) lançada em 2014, com a intenção de ser equivalente ao dólar estadunidense. De acordo com uma matéria publicada pela Infomoney, foi anunciado, em 2019, que, na verdade, não são todos os Tether que serão lastreados com o dólar.
Vale a pena investir em criptomoedas?
Esta é uma decisão pessoal e vai depender do seu perfil de investidor, mais ou menos conservador ou agressivo. Nem todo mundo está disposto a investir grandes quantidades de dinheiro em moedas virtuais.
Por exemplo, em 2020, o ouro valorizou cerca de 55% e o dólar por volta de 30%. Já o Bitcoin, havia crescido em 300%. Dessa forma, alguns especialistas dizem que as moedas virtuais não são mais um investimento tão excêntrico assim.
Mas o mercado também não descarta tombos, que podem até superar a casa dos 50%, como já aconteceu alguns anos atrás.
Esse é um dos motivos pelos quais consideramos que a diversificação da carteira é tão importante para as pessoas que investem e, para isso, é necessário aprender a estabelecer seus objetivos, estipular prazos e descobrir qual é o seu perfil investidor.
Uma carteira diversificada possibilita dividir seu capital entre as aplicações, reduzindo os riscos e compensando eventuais perdas. Assim, entendendo um pouco mais sobre como funcionam os investimentos em renda fixa e variável, é possível criar uma carteira equilibrada: investimentos em renda variável, por exemplo, são mais arrojados, de modo que seu valor acompanha o mercado.
Enfim, se você precisa de uma mão amiga para a tomada de decisão sobre os melhores investimentos para cada tipo de perfil de investidor, os analistas da Clear estão prontos para te ajudar. Você pode participar de salas de análises on-line e receber todo suporte para operar com precisão e eficiência.
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