6 tipos de empresas para investir na bolsa de valores!

Imagine um avião, um carro e uma bicicleta. Todos são meios de transportes eficientes. Mas você não iria de bicicleta para o Japão e nem percorreria os 10 quilômetros de casa para o trabalho de avião, certo? 🤔 

Cada veículo tem características específicas que se adequam melhor a um determinado tipo de jornada. Com as ações funciona da mesma forma. 

Dependendo dos tipos de empresas em que você investe, é possível esperar um resultado diferente para os seus rendimentos. Por isso, é fundamental conhecer suas peculiaridades. 

Para ajudar nessa tarefa, trouxemos um conteúdo repleto de informações para você entender melhor os tipos de empresa e ficar por dentro do assunto  Continue acompanhando e boa leitura!  

6 tipos de empresas para conhecer! 

O megainvestidor Peter Lynch elaborou uma classificação com 6 tipos de ações para você ficar de olho. 👀 

Considerado um dos maiores investidores dos últimos tempos, o americano se tornou um ícone ao obter um retorno médio anual de admiráveis 29,2% durante os 13 anos em que foi gestor do fundo Magellan. 

Crescimento Lento

A primeira classe de ações especificada por Lynch engloba grandes empresas que já atingiram um nível de maturidade e que crescem um pouco acima do PIB. 

Como não esperamos delas um crescimento acentuado, o ponto forte desses papéis não é a valorização, mas sim o pagamento de dividendos.  

Empresas de utilidade pública, como as de energia e saneamento, são um bom exemplo. 

Como identificar uma empresa de crescimento lento?

Bom, para identificar uma companhia de crescimento lento, observe se ela realiza pagamentos de dividendos altos e regulares.  

Isso indica que a empresa não conta com grandes projetos para expandir o negócio e gerar valor para o acionista, distribuindo parte dos lucros por meio de pagamento de proventos. 

O Banco do Brasil (BBAS3) se enquadra nessa categoria, apresentando um crescimento médio anual de 6% nos últimos cinco anos. 

Crescimento Moderado

Nosso próximo tópico entre os tipos de empresas são aquelas confiáveis ou de crescimento moderado. São grandes, sólidas e apresentam um crescimento relevante, entre 10 e 12% ao ano. 

São as famosas Blue Chips. Essas companhias costumam performar bem mesmo em momentos de crise, representando uma proteção para períodos de recessão.  

Empresas como Ambev (ABEV3) e Itaú (ITUB4) são bons exemplos. 

Fique de olho antes de investir

Antes de comprar uma ação dessa categoria, verifique se a taxa de crescimento manteve o mesmo ritmo nos últimos anos.  

Além disso, fique atento à questão do preço. É preciso ter cuidado para não pagar mais nessas ações do que elas realmente valem. 

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Crescimento Rápido  

Seguindo, estas são as empresas prediletas de Lynch. As companhias de crescimento rápido apresentam uma evolução de 20 a 25% ao ano. Geralmente, são empresas novas que eram pequenas na bolsa de valores e tiveram uma ascensão muito rápida. 

Não é obrigatório que essa categoria de empresa esteja inserida em uma indústria de alta expansão, já que é possível crescer ganhando market share. Os dividendos não são relevantes nessa estratégia. O foco aqui está todo na valorização dos papéis. 

De acordo com o megainvestidor, é possível encontrar ações que chegam a valorizar mais de 100 vezes. 💸 Alguns poucos investimentos acertados nessa categoria de ativos podem significar o sucesso da sua carteira.  

Porém, os riscos também são potencialmente maiores, já que a valorização depende do crescimento e consequentemente do futuro da empresa. Sendo assim, busque companhias com fundamentos sólidos e lucros expressivos para minimizar as chances de surpresas desagradáveis. 

Além disso, você precisará analisar se a velocidade da expansão está aumentando ou diminuindo.  

O caso mais emblemático de rápido crescimento no mercado de ações brasileiro é o da varejista Magazine Luiza (MGLU3), que valorizou mais 1000% desde o seu IPO em 2011

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Cíclicas

Nosso próximo tipo de empresa, aquelas cíclicas, tem seu desempenho atrelado a fatores externos, como a conjuntura macroeconômica, por exemplo. Os resultados dessas companhias variam de forma regular de acordo com o cenário. 

As empresas ligadas ao turismo retratam bem isso. Com a economia aquecida, as viagens aumentam e os lucros também. Já em tempos de crise, o movimento é exatamente o contrário. 

Investimentos nessa categoria de empresas exigem cautela para entender o momento do ciclo. O timing é fator decisivo. ⏰ 

De Recuperação

Empresas de recuperação ou turnaround são aquelas que estão no bico do corvo, mas podem ressurgir das cinzas com força total. 

São companhias que estiveram perto de falir, mas estão executando um plano para implementar mudanças drásticas e passar a conquistar bons resultados. 

Se a virada se concretizar de fato, o acionista nada de braçada. Caso a expectativa de reestruturação não seja bem sucedida, há grandes chances de se perder todo o capital investido. 

Empresas como OI (OIBR3) e IRB (IRBR3) se encaixam nessa categoria. Como o risco é elevadíssimo, o ideal é nunca investir mais do que 5% da carteira. 

Ativos Ocultos

Por fim, empresas de ativos ocultos são aquelas que, por algum motivo, estão subprecificadas. Elas possuem algum ativo valioso que está sendo ignorado ou mal avaliado pelos analistas. 

Em seu livro “O Jeito Peter Lynch de investir”, o investidor explica que esses ativos podem ser imóveis, clientes, tecnologias e patentes, entre outros. O objetivo de investir em uma empresa dessa categoria é conseguir uma valorização após a correção do preço. 

Para tanto, além de paciência, é necessário fazer um estudo profundo da companhia para ter certeza da existência desses ativos não estão sendo considerados no valor atual da empresa e devem passar a ser em um futuro próximo.  

Fazendo boas escolhas

Agora que você já conhece os 6 tipos de empresas presentes na bolsa de valores, fica mais fácil compreender o retorno que você pode esperar ao investir em cada uma delas, não é mesmo? 😎 

Dessa forma, você pode diversificar seus investimentos nas diferentes categorias de acordo com os seus objetivos. 

Porém, lembre-se que as companhias transitam entre essas classificações de tempos em tempos e é preciso fazer uma reavaliação periódica. 

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