
Abril chegou com a guerra comercial no ápice? Descubra as ações para abril na nossa carteira recomendada e esteja preparado para lidar com a alta volatilidade do mercado.
Neste artigo, analisamos o cenário turbulento de março, o desempenho da nossa carteira e as mudanças estratégicas nas recomendações para abril.
Continue a leitura e saiba quais ações comprar em abril para proteger seus investimentos!
Confira também nosso vídeo completo no Youtube, explicando todo o cenário, desempenho e escolha das ações para abril:
Top 9 Ações Recomendadas para Abril 2025 (TAEE11, VVBR3 e mais!)
Panorama do mercado em março: guerra comercial e impactos
O mês de março foi marcado por uma forte volatilidade devido à escalada da guerra comercial entre EUA e China. Durante o mês, Trump elevou as tarifas chinesas em 84%, enquanto a China retrucou com o mesmo patamar da tarifa norte americana.
Em seguida, os EUA suspenderam tarifas retaliatórias aos demais países, mas, simultaneamente, aumentaram as tarifas sobre produtos chineses em 125% — fazendo com que a China respondesse novamente, no mesmo patamar.
A conclusão é que o cenário é de grande imprevisibilidade, com dúvidas sobre:
- O impacto real das tarifas na economia global;
- As perspectivas de crescimento da economia mundial em cheque;
- Incertezas sobre a política monetária norte americana;
- Um novo dinamismo nas parcerias comerciais ao redor do mundo.
Além disso, o Brasil enfrenta suas próprias incertezas, como a política fiscal (endividamento), a política monetária e a proximidade de um ano eleitoral.
Diante desse cenário, a ideia de uma carteira defensiva se fez alinhada com o cenário econômico incerto. No entanto, o forte ingresso de capital estrangeiro no Ibovespa, impulsionado pela piora da perspectiva econômica dos Estados Unidos, fez com o Índice (IBOV) subisse 6,08%, enquanto o S&P500 caiu -5,75%.
Como resultado, a carteira de ações de março performou abaixo do IBOV:
Março | ||
Ativos | Rentabilidade | IBOV |
KLBN11 | -5,40% | 6,08% |
TAEE11 | 2,65% | 6,08% |
SUZB3 | -5,98% | 6,08% |
JBSS3 | 32,66% | 6,08% |
AURE3 | -4,49% | 6,08% |
ABEV3 | 11,52% | 6,08% |
KEPL3 | -2,04% | 6,08% |
BBSE3 | 6,50% | 6,08% |
CXSE3 | -1,91% | 6,08% |
Total mar/25: | 3,72% | 6,08% |
Rend. total carteira: | 8,13% | |
Rend. total IBOV: | 8,30% | |
% abaixo do IBOV: | 97,95% |
Carteira recomendada de ações para abril:
Para abril, a Clear Corretora realizou algumas mudanças estratégicas na carteira de ações recomendada, visando otimizar o desempenho e mitigar riscos.
Confira a seguir todas as alterações:
Ativos que saíram da carteira de ações recomendadas de abril
Visando uma posição ainda mais defensiva, as ações removidas da carteira foram:
1. KLBN11
Apesar dos excelentes fundamentos para o longo prazo da Klabin (KLBN11), o setor de celulose vem enfrentando dificuldades em 2025, o que indica um cenário de tendência de baixa no médio prazo, rompendo regiões importantes.
Confira abaixo o gráfico mensal do ativo:

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2. SUZB3
Assim como Klabin, a Suzano — uma de suas maiores concorrentes — mesmo com seus fundamentos para o longo prazo, também se encontra em uma correção forte, com rompimentos em regiões importantes, por conta das dificuldades do setor.

3. JBSS3
A JBS possui bons fundamentos e pode se beneficiar do aumento da demanda chinesa por alimentos após a guerra comercial.
No entanto, a alta expressiva em março (superior a 30%) no mês de março devido a um possível IPO nos EUA motivou a substituição por outro ativo do setor, visando evitar riscos caso o IPO não se concretize.

4. ABEV3
A AMBEV é uma empresa consolidada e com um grande share de seu mercado, porém se encontra em uma região de resistência e muita defesa por parte dos vendedores.
Ao longo da última década, gerou pouco valor para o acionista em relação a valorização da ação.

5. BBSE3
Para otimizar a alocação no setor de seguros, optou-se por manter apenas CXSE3 na carteira, devido ao seu valuation e perspectiva de crescimento.

Novos ativos: ações que entraram na carteira de ações recomendadas de abril
Já as novas ações adicionadas para a carteira recomendada de abril foram:
1. MRFG3
O setor de alimentos segue com boas perspectivas, além de também possivelmente se beneficiar da guerra comercial China x EUA.
Após a forte alta de JBS no mês de março, a Marfrig surge como uma alternativa que apresenta excelentes fundamentos.
O gráfico semanal também mostra que a MRFG3 está acionando um rompimento de topo histórico com micro pivô de alta.

2. EQTL3
A Equatorial é a primeira multi-utilities do país e apresenta fundamentos sólidos para o longo prazo.
A empresa atua em diversos setores, como setor elétrico (geração, transmissão, distribuição e energias renováveis), saneamento, telecomunicações e serviços.
Além disso, a Equatorial também investe nos setores de transmissão, serviços, telecomunicações, comercialização, geração distribuída e saneamento.
Detalhes sobre as atividades da Equatorial:
- Setor elétrico: atuação completa na cadeia, da geração à distribuição, com foco em fontes renováveis (solar e eólica);
- Saneamento: serviços essenciais de água e esgoto;
- Telecomunicações: conectividade através de telefonia e internet;
- Serviços: soluções diversificadas, como seguros, assistência e consultoria;
- Outras atividades: comercialização de energia e geração distribuída.
A análise gráfica aponta para uma LTA com pullback na média de 200 períodos, sugerindo uma possível retomada do topo histórico. EQTL3 é uma ação a ser monitorada.

3. CPLE6
A Copel (CPLE6) atua em todas as etapas da cadeia elétrica: geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica. Com uma capacidade instalada de 6.573,9 MW, a empresa possui 62 usinas próprias, incluindo hidrelétricas, parques eólicos e uma termelétrica, além de participação em outros 13 empreendimentos.
É uma das principais empresas do setor elétrico brasileiro, com sede em Curitiba, Paraná. Fundada em 1954, a companhia foi privatizada em 2023, tornando-se uma corporação sem acionista controlador, com o Estado do Paraná reduzindo sua participação acionária de 69,66% para cerca de 32,32%. A análise gráfica revela uma tendência primaria de congestão e uma tendência secundária de Linha de Tendência de Alta (LTA). Existe a possibilidade de rompimento do topo histórico, mas falhas podem levar à devolução da alta de 2025.

4. VVBR3
A Vibra (VVBR3) atua em diversos segmentos do setor energético:
- Varejo de combustíveis: extensa rede de postos de combustíveis licenciados com a marca Petrobras, oferecendo gasolina, etanol, diesel, lubrificantes e produtos de conveniência.;
- B2B (Business to Business): fornecimento de combustíveis e lubrificantes para empresas de transporte, usinas térmicas e governos;
- Mercado de aviação: distribui produtos e serviços aeronáuticos para aeroportos brasileiros.;
- Energia: atua na comercialização e geração distribuída de energia elétrica, além de investir em projetos de energia renovável e soluções sustentáveis.;
- Transição energética: protagonista na transição para uma matriz energética de baixo carbono, investindo em biocombustíveis, eletropostos para veículos elétricos e soluções digitais para conveniência dos consumidores.
A Vibra pode se beneficiar de uma possível alta do petróleo, voltando a ser negociado próximo dos 80 dólares. Um possível acordo entre China e EUA, em meio à guerra comercial, poderia impulsionar o preço de diversas commodities, e a Vibra se destacaria como uma das principais beneficiadas.
Apesar de estar em forte tendência de queda desde setembro de 2024, o ativo se encontra em uma congestão com possível tentativa de rompimento. É importante estar atento a possíveis falhas.

5. TIMS3
A TIM (TIMS3) se encontra em uma forte tendência de alta em 2025, com potencial para testar o topo histórico.
A estrutura gráfica favorável e os fundamentos sólidos da empresa reforçam a continuidade da tendência para sustentar a valorização do ativo.

Conclusão
Diante de um cenário global marcado pela volatilidade da guerra comercial, a carteira recomendada para abril buscou ações para investir que se destaquem pela resiliência e potencial de valorização.
As mudanças estratégicas na carteira refletem a busca por ativos com fundamentos sólidos e capacidade de enfrentar os desafios do mercado.
MRFG3, EQTL3, CPLE6, VVBR3 e TIMS3 são as novas apostas para abril, selecionadas com base em uma análise criteriosa do cenário econômico e das perspectivas de cada empresa.
Lembre-se: esta carteira de ações recomendadas é um guia, não uma recomendação de investimento. Consulte sempre um profissional qualificado para tomar decisões alinhadas ao seu perfil de investidor e objetivos financeiros.
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