Saiba mais sobre a taxa Selic e onde investir com essa taxa em queda
Você sabe o que é a Taxa Selic? Ela é a taxa básica de juros da economia brasileira. Isso significa que ela tem influência em todas as outras taxas de juros no Brasil, como em taxas cobradas em financiamentos, empréstimos e em retornos de aplicações financeiras. E, inclusive, interfere em onde investir, pois alguns investimentos deixam de ser uma boa opção.
O valor da Selic é decidido pelo Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central. A cada 45 dias, os membros do Copom se reúnem para decidir se a taxa diminuí, aumenta ou se mantém.
E nas últimas reuniões assistimos a uma queda da Taxa Selic. Na reunião do dia 5 de agosto de 2020, a taxa alcançou seu menor nível na história: 2% ao ano.
Mas o que muda com a queda da Selic?
Com a taxa de juros baixa, os investimentos que são atrelados a ela – os investimentos de renda fixa – deixam de ser uma boa escolha para o investidor quando o assunto é rentabilidade.
Se a rentabilidade desses títulos de renda fixa está atrelada à taxa Selic e ela está caindo, significa que a rentabilidade desses títulos está caindo também.
E essa é uma das razões pelo aumento de pessoas buscando por investimentos de renda variável. Em março de 2020, foram registados 2,24 milhões de CPFs na Bolsa de Valores segundo dados divulgados pela própria B3. Se comparado com o ano de 2019, foi um aumento de 33% de novos investidores na Bolsa.
O que é a renda variável?
A renda variável é um tipo de investimento no qual o retorno não é previsível. Ou seja, no momento da aplicação, não é possível saber o quanto o dinheiro irá render.
Isso pois ele tem muita volatilidade. Isso significa que o preço do ativo pode oscilar com frequência. E, no caso da renda variável, isso pode acontecer por diversos fatores, por exemplo:
- Cenário político nacional ou internacional;
- Crises econômicas ou de saúde pública;
- Má gestão da empresa da qual você comprou a ação.
Nem sempre é possível prever uma crise política, por exemplo. E esse fator pode influenciar diretamente no preço dos ativos de renda variável. Portanto, não é possível saber o quanto você vai ter de retorno com o ativo.
Por que investir em renda variável?
No mundo dos investimentos, quando maior o risco, maior a possibilidade de ganhos. Em um cenário de taxa de juros baixa, a renda variável se destaca como o tipo de investimento que tem a possibilidade de trazer bons retornos para quem busca rentabilidade.
Outro ponto que a torna cada vez mais atrativa é que você pode operar em qualquer prazo. Existem estratégias em renda variável para operar em apenas um dia, como o day trade.
Atenção ao seu perfil de risco
Antes de escolher qualquer investimento, é necessário saber qual é o seu perfil de risco. Assim, você escolhe ativos que fazem sentido com os seus objetivos.
O perfil é definido de acordo com sua tolerância ao risco. Existem 3 tipos de investidor:
- Conservador
- Moderado
- Agressivo
A renda variável é um tipo de investimento que apresenta alto risco em troca de alta possibilidade de rentabilidade. Portanto, ela é indicada para o investidor com perfil suitability agressivo.
Onde investir: conheça algumas opções
Pensando no cenário de Taxa Selic baixa e buscando mais rentabilidade, confira alguns ativos que podem ser boas alternativas para sua carteira de investimentos:
Ações
Esse é o investimento mais conhecido quando se trata de renda variável. As ações são papeis que representam uma parte do valor das empresas de capital aberto que estão listadas na Bolsa de Valores. Ou seja, é que como se fosse um pedaço da companhia. Ao comprar uma ação, o investidor se torna sócio da empresa.
Uma empresa abre o seu capital quando quer expandir os negócios e precisa de recursos. E uma boa alternativa para isso é justamente se tornando uma companhia de capital aberto. Assim, elas ofertam suas ações no mercado e qualquer investidor cadastrado na B3, a Bolsa de Valores brasileira, conseguirá comprar esses papeis.
Minicontratos
Minicontratos também são um bom investimento para quem está disposto a arriscar em busca de rentabilidade. Eles são negociações de índices e moedas para liquidação em uma data futura.
O mercado futuro é um ambiente no qual acontecem operações de risco, com compra e venda de contratos, mas que só serão efetivados no futuro. Esse tipo de contrato surgiu para as empresas se protegerem da volatidade do mercado.
Os minicontratos são negociados nesse mercado. A vantagem desse produto em relação a outros que também são negociados no mercado futuro é a quantidade mínima de contratos negociados: nos minicontratos ela é bem menor, facilitando o acesso de investidores menores a esse tipo de investimento.
Então, você negocia a compra e venda dos minicontratos, mas não dos ativos em si. E sempre com a liquidação da negociação em uma data futura.
Opções
As opções são contratos onde é negociado o direito de comprar ou vender um lote de ações por um preço fixado e por um período determinado.
Quem compra a opção é chamado de titular.
Quem faz a venda da opção é o lançador.
E não é negociado o ativo em si no primeiro momento, e sim o prêmio.
Ao investir em opções, diferentemente de ações, o investidor não estará ainda se tornando sócio da empresa. Mas está garantindo que poderá fazê-lo no futuro – e isso com a garantia de ser com o mesmo preço de hoje.
Ou seja, ele fica protegido de precisar pagar um valor maior no futuro do que pagou hoje.
FIIs
Os Fundos Imobiliários, ou FIIs, é uma maneira de investir no mercado imobiliário sem precisar comprar um imóvel físico. Quem irá alocar o dinheiro no mercado é o gestor do fundo, um profissional capacitado para fazer as melhores escolhas com os recursos disponíveis.
Os FIIs são o jeito mais simples, prático e rentável e investir em imóveis. Afinal, você tem os benefícios de investir nesse mercado, porém sem as desvantagens de um imóvel físico, como taxas, alto investimento inicial, baixa liquidez, manutenção, burocracia para encontrar inquilinos etc.
O funcionamento é semelhante a de outros tipos de fundos: ao investir, você adquire pequenos pedaços desse fundo, que são chamados de cotas. Com o valor das cotas de todos os investidores, o gestor aloca os recursos nos ativos em que acredita na valorização. Nesse caso, os ativos são títulos imobiliários e imóveis, como shoppings, galpões logísticos, lajes corporativas, hospitais e outros negócios do mercado imobiliário.
O que é preciso para investir?
Agora que você conheceu algumas boas alternativas de onde investir com a Selic baixa, pode surgir a dúvida sobre como investir nesses ativos.
Para investir basta abrir uma conta em uma corretora de valores e ter um dispositivo conectado à internet. Simples assim.
É importante escolher uma corretora de confiança e que tenha boas taxas para investir. A Clear é a primeira corretora a oferecer corretagem zero para você investir sem se preocupar com taxas.