Rentabilidade: como calcular os ganhos dos seus investimentos

Saiba o que é e como funciona o retorno, ou rentabilidade, das suas aplicações financeira

Se você investe ou quer começar a investir seu dinheiro, precisa conhecer um conceito importante: o de rentabilidade. Ele traz a ideia de retorno. Ou seja, se eu investir, por exemplo R$ 1.000, em 5 anos, quanto eu irei resgatar de volta? Quanto o dinheiro irá render?

Essa é uma das principais questões na hora de investir. Afinal de contas, o que todos buscam são investimentos com boa rentabilidade. Seja em renda fixa ou em renda variável, quanto maior o retorno, melhor.

Por isso, é importante conhecer o conceito de rentabilidade, saber como ela funciona, como calcular e escolher os investimentos que têm a rentabilidade de acordo com os seus objetivos.

Rentabilidade: o que é?

Pode-se definir a rentabilidade como o percentual de remuneração obtido a mais a partir de quanto você investiu. Por exemplo, se você investiu R$ 100 em um ativo e resgatou R$ 150 em seu vencimento, então a rentabilidade foi de 50%.

Ou seja, ela é o retorno que você teve da aplicação. É o retorno sobre o quanto você investiu.

Ter esse conceito em mente é muito importante na hora de investir seu dinheiro. Assim, você consegue escolher o tipo de investimento certo para o seu tipo de investidor e os seus objetivos com aquela aplicação.

Tenha em mente que a rentabilidade dos investimentos está atrelada ao risco: quanto maior ele for, maior a possibilidade de rentabilidade. Porém, investimentos de alto risco não são indicados para todos os tipos de investidores: apenas para os conhecidos por “investidores agressivos” – falamos mais sobre os perfis de investidores neste texto aqui.

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Rentabilidade X Lucratividade

É comum confundir rentabilidade com lucratividade. Mas são conceitos diferentes. Como o próprio nome diz, a lucratividade está relacionada com o lucro em si.

Voltemos ao exemplo. Você investiu R$ 100. Ao fim do investimento, resgatou R$ 150. A rentabilidade foi de 50%. Porém, precisou pagar R$ 20 com tarifas. Então, sua lucratividade foi de R$ 30.

Portanto, a lucratividade está relacionada com o ganho efetivo que você obtém com o investimento, descontando possíveis gastos, taxas, impostos e tarifas que tenha com ele.

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Como calcular rentabilidade?

pessoa mexendo em celular calculando a rentabilidade dos investimentos, ao lado de notas de dólares

Ficou curioso e quer calcular a rentabilidade dos seus investimentos? Em alguns casos é possível prever. Mas em outros, não.

Nos ativos de renda variável não se tem previsibilidade sobre quanto o valor investido irá render. Isso porque são investimentos com alta volatilidade. Diversos fatores interferem na rentabilidade desses ativos, como a política local e internacional, o desempenho da companhia e do setor (no caso de ações) e outros fatores que são imprevisíveis.

Para calcular a rentabilidade você deve levar em consideração:

  • Impostos;
  • Taxas de administração;
  • Inflação.

Esses fatores podem influenciar diretamente na rentabilidade do seu investimento. Com isso em mente, você pode utilizar essa fórmula para calcular:

RENTABILIDADE = (rendimento – impostos, inflação e taxas) x 100 ÷ valor investido

Você pode usar essa fórmula para calcular alguns tipos de investimento, principalmente os de renda fixa. Mas, se tratando de renda variável, as coisas ficam um pouco mais imprevisíveis.

É possível fazer uma estimativa de potencial de ganho com os ativos de renda variável. Mas devido à alta volatilidade desses ativos, a rentabilidade não é garantida. Portanto, essa fórmula não se aplica a esses ativos.

Rentabilidade da poupança: como funciona?

A poupança é o investimento mais popular entre os brasileiros. Segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) de 2018, 85% da população brasileira investia na poupança nesse ano.

Os números são altos e refletem a deficiência da educação financeira entre os brasileiros. Isso porque a poupança, em muitos momentos, tem o rendimento menor que o da inflação. Ou seja, os preços ficam mais altos, mas o rendimento não acompanha.

Colocar o dinheiro na poupança não é fazer a melhor escolha pensando em rentabilidade. Embora prático e acessível, se o assunto for fazer o dinheiro render, existem possibilidades muito melhores que a poupança.

O que acontece: quando os juros básicos da economia, ou seja, a taxa Selic, estão baixos, o rendimento da poupança também diminui.

O cálculo do rendimento da poupança mudou em 2012. Desde então, ele é feito da seguinte maneira:

  • Se a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano, a correção da caderneta da poupança será o equivalente a 70% desse valor mais a variação da Taxa Referencial.
  • Se a Selic estiver acima de 8,5%, a poupança irá render 0,5% ao mês + a Taxa Referencial.

Atualmente, a taxa referencial é zero. E a Selic está acima de 8,5% e em um movimento de queda há um tempo. Ou seja, cada vez mais o rendimento da poupança deixa de ser uma boa escolha.

Mas então, por que a poupança?

Existem alguns motivos que fazem com que as pessoas continuem deixando o dinheiro na poupança. Por exemplo, é um investimento considerado fácil e simples.

Além disso, as pessoas levam em consideração a segurança da rentabilidade da poupança: o medo de perder o dinheiro investido assusta algumas pessoas.

Mas existem alternativas tão seguras quanto e que trazem mais rentabilidade para o seu dinheiro.

Rentabilidade do Tesouro Direto

O Tesouro Direto é uma opção para quem quer um investimento tão seguro quanto a poupança, porém com maior retorno. Ele é um programa do governo federal que possibilita a compra de títulos públicos. Você empresta dinheiro para o governo e, em troca, recebe o valor investido mais os juros após o tempo combinado.

Existem títulos do Tesouro Direto com diferentes datas de vencimento. E é possível começar com pouco dinheiro.

Além disso, existem três tipos diferentes de títulos:

Tesouro Prefixado

Essa categoria possui uma taxa fixa de retorno. Ou seja, a rentabilidade é conhecida no momento da aplicação. Pode ser, por exemplo, 5% ao ano.

Nesse caso, todos os anos você receberá 5% até a data de vencimento do título.

Se você é um investido conservador, essa modalidade é indicada para você, pois é possível saber exatamente o quanto o dinheiro irá render e em quanto tempo. Ou, por exemplo, se você quer juntar dinheiro para uma viagem ou comprar um carro.

Tesouro atrelado à inflação

Existem também os títulos atrelados à inflação. Eles são considerados híbridos, pois sua rentabilidade tem uma parte fixa e uma variável, por exemplo 3% + IPCA.

Dessa maneira, você tem a garantia de que ele, pelo menos, renderá esses 3%. Se o IPCA for positivo, renderá mais. Se for negativo, tudo bem pois ainda terá os 3%.

Tesouro indexado à Taxa Selic

Essa opção tem sua rentabilidade atrelada à taxa Selic. Seu retorno é equivalente à taxa. Por isso, pode-se comparar com investimentos que pagam cerca de 100% do CDI.

Um ponto positivo dessa opção é que ele sempre rende de forma positiva. O dinheiro cresce constantemente.

Então, é uma das principais escolhas para uma carteira conservadora ou se tratando da reserva de emergência.

Rentabilidade de Ações

Como falamos, o mercado de ações faz parte da renda variável e é difícil de prever devido à volatilidade. Os riscos são altos, o que traz alta possibilidade de rentabilidade.

Contudo, a rentabilidade desses ativos está ligada ao comportamento do momento financeiro da ocasião. E ele pode ser alterado radicalmente por muitos motivos, sejam eles políticos, ambientais, econômicos ou sociais.

Portanto, a retorno dos investimentos em ações vai depender do momento atual: é preciso entender o momento e fazer projeções. E, mesmo assim, entender que possui riscos.

Então, é importante entender que o seu retorno vai sempre depender do tipo de investimento que você escolher. Quanto maior o risco, maior a possibilidade de rentabilidade.