Lucas Pit responde a pergunta que ronda a mente de muitos investidores e pode fazer grande diferença na rentabilidade de longo prazo: Afinal, devo reinvestir os dividendos?
Uma das perguntas mais frequentes que recebo em minhas redes sociais é: “Pit, o que eu faço com meus dividendos? Saco e gasto, ou devo reinvestir os dividendos?”. Se você também vive esse dilema, a resposta está no artigo abaixo.
Devo ou não reinvestir os dividendos?
Essa pergunta é excelente e, na minha concepção, não há dúvidas que reinvestir os dividendos é a melhor opção. Mas, algumas pessoas contra-argumentam que o que as levou a investir foi ter uma melhor qualidade de vida e usufruir desse dinheiro.
Esta é uma tese válida e até faz sentido, mas compensaria gastar o dinheiro dos dividendos APENAS se você já estiver em idade de aposentadoria ou se já atingiu sua independência financeira.
Ou seja: se você, assim como eu, ainda está em fase de trabalho e acumulo de capital, você deve, sem sombra de dúvidas, reinvestir os dividendos para que os juros compostos comecem a agir o quanto antes.
Aliás, uma das vantagens de se investir via corretora é que, devido ao fato de o dinheiro não estar na sua conta bancária pronto para ser gasto de imediato, você se sente menos tentado a gastar aquele dinheiro em algo estapafúrdio e que não precisa no momento. Eu já cometi esse erro inúmeras vezes na minha vida e uma coisa eu garanto: seria mais inteligente da sua parte aprender com os meus erros.
Para te convencer, eu julgo importante corroborar essa minha ideia também com números, para que não fiquemos apenas no campo teórico. E, para ilustrar essa tese, eu vou dar dois exemplos reais de duas empresas brasileiras:
Quem investiu R$ 100 em ações da Ambev em 1994 com foco no longo prazo, mas gastou os dividendos que recebeu dessa empresa ao longo de 23 anos, teria, ao final de 2017, R$ 11.000. Nada mal. Mas, quem foi mais esperto e reinvestiu os dividendos nas ações da própria empresa – que são fruto do trabalho da própria empresa, ou seja, você não teria nenhum trabalho extra – teria R$ 25.000 reais.
Isso porque, na medida em que o investidor vai reinvestindo na própria empresa, os dividendos, que são pagos por ação que este possui, acionam o “turbo” que permite maior aceleração no processo de enriquecimento do investidor. Neste caso, a turbinada foi de 127%.
A mesma coisa teria acontecido com as ações de Itaú: os mesmos R$ 100 investidos em 1994 gerariam R$ 7.000 ao final de 2017, mas se o investidor reinvestir os dividendos na mesma data em que os recebeu, teria R$ 17.000, uma diferença de 142%, já que os bancos brasileiros costumam pagar excelentes dividendos.
Portanto, a minha visão é que se o investidor já está se esforçando para realizar aportes constantes em boas empresas, um “esforço” mínimo extra em não gastar esses dividendos fará uma baita diferença no longo prazo.
O trade-off entre baixo sacrifício e alto retorno se mostra altamente compensatório e, é o que eu pretendo fazer durante o meu processo de investimentos na filosofia Buy and Hold.
Além disso, com a Taxa Zero da Clear, você pode embarcar o quanto antes nessa jornada, já que, quando se cobravam altas taxas de corretagem, o investidor tinha que juntar uma quantia razoável de dividendos para que os custos desse reinvestimento não afetassem a rentabilidade que o investidor conseguiria. E dinheiro parado é dinheiro que poderia estar trabalhando para você.
Então, acesse com frequência o Pit de Negociação para que você reinvista os dividendos que você recebeu e alavanque o seu processo de enriquecimento o quanto antes, antecipando sua independência financeira e desfrutando de uma vida mais tranquila e proveitosa.
Beijo em vossos corações, e bora ganhar uns din!