Taxa de custódia: o que é? Dá pra zerar?

A foto mostra uma menina, em frente a um fundo azul, com uma mão no queixo olhando para o lado, com uma expressão de pensamento.

Você tem ideia de quanto paga de taxa de custódia quando aplica na Bolsa de Valores? E o quanto paga, todo mês, para que o banco ou corretora mantenha seus investimentos? 

Pensando nessas e em outras questões com as quais a gente se depara ao longo da nossa jornada de investimentos, preparamos este conteúdo para te contar tudo sobre o que é taxa de custódia, se ela é obrigatória e, mais importante, se é possível zerá-la. 

Segue! ⬇️ 

O que é taxa de custódia? 

Até a digitalização das operações financeiras, os investimentos eram registrados em papel, por meio de documentos oficiais, assim, o nome taxa de custódia veio da necessidade de as instituições emitirem e guardarem esses documentos, garantindo os direitos da pessoa investidora.  

“Custódia”, do ponto de vista jurídico, é o ato de proteger ou guardar algo ou alguém. 

Hoje, toda a gestão de investimentos é eletrônica e automatizada, e não depende mais do papel, mas a taxa de custódia ainda é cobrada por algumas instituições.  

A B3 cobra centenas de tarifas, e a taxa de custódia está entre elas. Atualmente, a taxa é de 0,25% sobre as aplicações em títulos do Tesouro Público, por exemplo.  

Muitas corretoras e instituições financeiras também cobram a taxa, e seu valor varia de corretora para corretora –o que não é o caso da Clear, que foi a primeira corretora do Brasil a zerar, de fato, as taxas de custódia e corretagem

Vale lembrar ainda que você tem a opção de trocar a corretora que intermedia suas operações na Bolsa através de um processo chamado transferência de custódia. Por meio dele, é possível transferir suas aplicações para a Clear, por exemplo, e parar de pagar taxas de custódia e corretagem. 

Taxa de custódia no Tesouro Direto 

Quem investe no Tesouro Direto tem que pagar pela taxa de custódia obrigatoriamente. Por padrão, a B3 cobra a taxa sobre investimentos no Tesouro Direto duas vezes ao ano, com uma alíquota de 0,25% sobre o total investido: a cobrança é realizada sempre em janeiro e julho, ou seja, de seis em seis meses. 

Entretanto, desde agosto de 2020, ficou estipulado que nem todas as pessoas que investem precisam pagar pela taxa de custódia: quem aplica até R$10 mil no Tesouro Direto tem isenção de cobrança.  

Quando essa medida foi anunciada, 53% das pessoas investidoras foram isentas da taxa de custódia. 

Mas você não precisa se preocupar com esta cobrança logo no primeiro dia útil do ano, pois o procedimento atual envolve o recebimento de um e-mail no último dia do ano anterior (cujo título provavelmente será algo como “Cobrança semestral Tesouro Direto”) pra te lembrar da data de pagamento e do valor da taxa de custódia. 

A taxa de custódia pode ser cobrada fora das datas semestrais quando ocorre o resgate antecipado, no recebimento de juros semestrais ou no vencimento do título. 

Taxa de custódia em ações 

A Bolsa de Valores cobra taxa de custódia de quem investe em ações, mas é diferente da cobrança realizada por pessoas que investem em títulos do Tesouro Direto.  

Atualmente, a cobrança varia de 0,005% a 0,013%, e quanto mais dinheiro você tiver aplicado em um ativo, menor será a taxa de custódia. Quem aplica até R$20 mil está isento/a da cobrança. 

A taxa de custódia reincide sobre investimentos acima desse valor e segue a seguinte tabela de variação: 

Valor Porcentagem da taxa 
De R$300.001,00 a R$1 milhão 0,0130% 
Entre R$1.000.001,00 a 10 milhões 0,0072% 
De R$10.000001,00 a R$ 100 milhões 0,0032% 
De R$ 100.000.001,00 a R$ 1 bilhão 0,0025% 
De R$ 1.000.000.001,00 a R$ 10 bilhões 0,0015%; 
Acima de R$ 10 bilhões 0,0005% 

Taxas da B3 

A B3 cobra taxa de custódia sobre todos os investimentos, inclusive em títulos do Tesouro Público e em ações. 

A taxa de custódia (e outras taxas da B3) são como uma forma de a pessoa investidora “remunerar” a Bolsa de Valores pelo serviço de custodiante, afinal, ela faz os registros das aplicações no nome de cada pessoa que investe e, bom, deve receber por este trabalho. 

A cobrança das taxas da B3 sobre investimentos recaem sobre commodities, juros, inflação, moedas, renda fixa, renda variável, programas de incentivo do Governo, documentações, mercado de balcão, empréstimos de ativos, leilões, serviços da central depositária, serviços de informação e infraestrutura, emissores, classificação de mercadorias, depositários do agronegócio, tarifas do balcão B3, consulta, taxa de análise e, finalmente, sobre o serviço de gestão de garantia. 

A Bolsa de Valores tem centenas de taxas. Como você viu acima, listamos alguns exemplos, mas ainda existem mais! Se você quiser conhecer tudo em detalhes, é só entrar no site da B3, na área de tarifas

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Quando e como é cobrada a taxa de custódia? 

A foto mostra uma calculadora sobre uma mesa, enquanto uma mão tecla em um dos números. Há uma imagem sobreposta a essa, com gráficos de barra.
A cobrança da taxa de custódia exige que você tenha saldo na sua conta da corretora.

A taxa de custódia pode ser cobrada mensal ou anualmente, e é calculada sobre o valor total da sua aplicação.  

Ela pode ser cobrada tanto na aplicação inicial, como no resgate ou durante o período de aplicação. A B3 cobra a taxa de custódia de títulos do Tesouro Direto, por exemplo, duas vezes ao ano, nos primeiros dias úteis de janeiro e de julho. 

É preciso ter saldo na sua conta na corretora. Caso contrário, será preciso baixar alguma aplicação com liquidez diária ou depositar o valor para pagar a taxa de custódia. 

Taxa de custódia x Taxa de corretagem 

Você já sabe que a taxa de custódia é cobrada para custear o armazenamento de títulos ou ações na B3, por exemplo. Mas qual é a diferença entre ela e a taxa de corretagem?  

É que, diferentemente da taxa de custódia, a taxa de corretagem é cobrada pelas corretoras para remunerá-las pela intermediação das negociações com a Bolsa de Valores. 

As taxas de custódia são fixas, de acordo com porcentagens pré-definidas; já as taxas de corretagem dependem da política adotada por cada corretora. Elas podem cobrar o quanto desejarem e acharem justo, mas com limites definidos por órgãos reguladores. 

Na Clear, as taxas são zeradas!

A Clear fez história e se tornou referência no mercado ao se tornar a primeira corretora do Brasil a oferecer corretagem zero para todos os produtos de renda variável.  

Não importa se você investir R$100 ou R$1 milhão: aqui, as taxas são isentas. Assim, você, pessoa investidora, tem menos custos e mais lucros na hora de investir. E dá pra operar quantas vezes quiser, sem se preocupar com o custo que o número de ordens poderia gerar! 

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