Gerenciamento de Risco: saiba como um conjunto de estratégias bem definidas pode evitar grandes prejuízos
Quem investe na bolsa de valores provavelmente já ouviu uma frase que diz: o mercado financeiro é soberano. Isso significa que o mercado vai para onde ele deve ir, ou seja, não podemos controlá-lo.
Sendo assim, um bom investidor entende que o que ele precisa de fato controlar para ter sucesso nos investimentos são as suas próprias atitudes. E é para ajudar nesse controle que existe o gerenciamento de risco.
Neste artigo, você irá conferir algumas dicas sobre como se planejar e criar uma boa estratégia para lidar com as variações do mercado e minimizar riscos nas suas operações.
Gerenciamento de risco: o que é?
Por aproveitar as rápidas oscilações dos ativos para gerar lucro, operações de curto prazo como swing trade e day trade costumam ser as modalidades de investimento que mais expõem o investidor ao risco. Apesar da atrativa possibilidade de ganhar muito dinheiro em pouco tempo, não se pode esquecer que o risco de perder também é significativo.
Nem mesmo o mais renomado modo de operação pode garantir que um trader tenha 100% de sucesso. Por isso, é necessário contar um bom gerenciamento de risco para promover a sustentabilidade no longo prazo.
O gerenciamento de risco é o que proporciona ao investidor o poder de controlar suas operações. Com ele, o trader define alguns pontos como o stop loss, o número de contratos operados, a relação de ganho e perda, além de meta de ganho e limite de perda por trade, dia, mês e ano. Os parâmetros são estabelecidos de acordo com o perfil de cada investidor, o tipo de ativo negociado e o capital disponível.
Montando uma boa estratégia
Ao ter uma estratégia de trading bem definida, o investidor cria uma rotina prática e voltada para os seus objetivos e consegue realizar uma análise crítica dos seus resultados. Sem isso, tudo pode ficar muito subjetivo e confuso.
Uma etapa importante do gerenciamento de risco é a definição do stop loss. Saber a hora de parar é fundamental para evitar grandes prejuízos. É nesse momento que o trader define a relação ganho e perda. É preciso estabelecer uma porcentagem que você estará disposto a perder.
Por exemplo, se você investiu R$ 1.000,00 e não quer perder acima de R$ 80,00, o stop loss deve ficar 8% abaixo do valor inicial. Ou seja, com o stop loss, o investidor define um limite aceitável de perda para a operação e quando o ativo atinge esse valor mínimo, ele é vendido automaticamente.
Dessa forma, mesmo que você não esteja acompanhando as oscilações do mercado, o papel é vendido antes que o estrago seja maior do que o esperado. Nunca entre em uma operação de day trade em que você pode perder mais do que 2% do seu capital. Perdas acima disso em uma única operação podem ser um grande problema.
Além de estipular o limite de perda, tanto por operação como no longo prazo, o trader deve também estabelecer uma meta diária de ganho e assim que atingi-la deve parar de operar. Isso é eficaz para evitar que você perca o que já ganhou.
Outro ponto relevante a ser definido na estratégia é o tamanho do lote operado, para que você não invista mais do que realmente pode. Para traders iniciantes é recomendado operar com lotes menores. Além disso, mesmo os mais experientes devem optar por lotes de tamanho reduzido quando o mercado estiver instável, com muita volatilidade e baixa liquidez.
A realização parcial de lucro também é uma boa forma de manejo de risco. Imagine que você esteja comprado em 20 minicontratos e a operação já tenha andado positivamente. Você pode vender uma parte da posição, garantindo o lucro e pode elevar o stop para não perder mais.
Para evitar surpresas desagradáveis, também é fundamental entender o momento atual do mercado e como isso pode influenciar na sua posição.
Por isso, estar atento aos movimentos te permite se antecipar aos acontecimentos que podem trazer oscilações nos preços. Como os investimentos também sofrem influência de fatores externos, não deixe de compreender o cenário macroeconômico buscando sempre informações atualizadas.
Importância de diversificar a carteira
A velha história de não colocar todos os ovos em uma única cesta vale mais do que nunca quando o assunto é day trade e swing trade.
Tenha claro o percentual do seu patrimônio que pode ser destinado a esse tipo de operação considerando o pior cenário e estimando até quanto você está disposto a perder. Dependendo do seu perfil investidor, recomenda-se algo entre 5% e 10% dos seus recursos financeiros.
Não caia na tentação de usar recursos das suas finanças pessoais nos trades, evitando que as perdas impactem nos seus compromissos.
Considere também que os papéis não têm o mesmo nível de risco. Alguns ativos são mais voláteis e têm menos liquidez do que outros. Tudo isso influencia no risco da operação e você deve diversificar para controlar o risco total. Uma boa estratégia para a montagem das operações é a diversificação entre os setores operados. Assim, é possível evitar a exposição a fatores setoriais.
Por que utilizar o gerenciamento de risco?
Não são poucas as histórias de pessoas que quebraram na bolsa por não fazerem a gestão do risco de forma correta. Em operações de curta duração, o descontrole emocional é a principal causa de perdas.
Ao utilizar mecanismos de gerenciamento de risco e definir uma boa estratégia, você minimiza as possibilidades de se deixar levar por impulsos e entregar todo o seu dinheiro ao mercado.
A gestão de risco caminha lado a lado com a disciplina, que é essencial para obter um desempenho cada vez melhor e para atingir a tão sonhada consistência. Ao respeitar as regras estabelecidas previamente, você evita que o mercado te engula.
Sucesso!